sexta-feira, 22 de junho de 2012

A GUERRA ÉPICA DE LATINOS NA CANCHA!

"QUE VENHA O BOCA!..."

Alô meus caros amigos e adeptos do melhor futebol em nosso Brasil e mundo à fora!...
Em meio à importantes decisões que chegamos e estamos vivenciando neste momento, em especial na Copa Libertadores de América, destaco aqui a grade final, que não poderia ser de outra forma, é sim, o mais esperado duelo de gigantes das Américas à partir de agora, "Corinthians x Boca Juniors", um duelo de "cachorro grande", melhor, uma "guerra épica de latinos."
"Corinthians e Boca Juniors", "Boca Juniors e Corinthians", cada um deles sem sombra de dúvida, tem um patrimônio real e surreal de adeptos de extremo fanatismo que faz jus a história que ambas as agremiações carregam, sendo assim, cada vez mais respeitadas por qualquer time e torcedores de outras equipes do planeta, mesmo sendo contrário dessa opinião que lhes apresento e mais ainda não aceitando estas duas forças do nosso futebol sul americano e mundial, roubando a cena no campo de jogo. Portanto, nos dois jogos de finais entre Corinthians e Boca, com certeza teremos tanto na La Bombonera quanto no Pacaembu, uma pressão fortíssima de fanáticos, que torcerão com muita energia e intensidade para sua equipe até o apito final de jogo.
Opinando sobre o lado tático e técnico do jogo, essa "guerra épica", teremos 180 minutos de puro confronto psicológico, tático e estratégico por parte de quem comanda.
A equipe do Corinthians, como sabemos é um time que tem um elenco muito competitivo e taticamente disciplinado e, da mostra que está sim, blindado psicologicamente, e fez valer esse mérito em todos os jogos da Libertadores e até mesmo de momento, desvalorizando o Brasileirão, principal competição de nosso país, já que estando muito focado nesta que como sabemos também, é a primeira vez que o alvi negro do Parque São Jorge chega a final do certame latino.
O técnico Tite como vemos e acompanhamos nas mídias em geral por aqui, vem trabalhando muito bem com os seus comandados o aspecto tático e também no aspecto emocional, dentro de certa prudência, para que o jogador não seja muito pilhado, porque para quem mexe com bola sabe bem, pilha demais em jogador atrapalha e pode prejudicar todo um projeto. Assim, a questão motivação em prática pelos lados do Corinthians está em dia e em alta com seus jogadores. Isso ajudará e muito para uma boa arrancada rumo ao título inédito.
Pelos lados do Xeneize, como é também conhecido o timaço do Boca, que tem em seu comando o técnico Julio Cesar Falcioni, o que acompanhei e vi desde o início deste ano pelo campeonato Argentino e Libertadores até agora, primeiramente os "hermanos" tiveram uma crescente muito boa. O time argentino não estava bem das pernas, mas com o passar do semestre o time foi ganhando os jogos do nacional e da Libertadores e contando com um cérebro em campo, como lá é conhecido, "El Maestro Riquelme".
Riquelme com certeza diante do Timão poderá ser sim um fator de desequilíbrio que obviamente o Corinthians do Tite e seus comandados terão que ter atenção redobrada para vetar o poder de criação do Boca. Mas em consequência desta minha avaliação, completo minha parte enaltecendo ainda o grupo do Boca, que além de ter um maestro em seu time, os hermanos tem uma força tática muito eficaz e tradicional, bem "a la argentina", muita marcação, contra ataques eficientes e poderosíssimos, catimba com rodízio do início ao fim para desestabilizar o seu adversário.
Dentro da minha análise, ambas as equipes são muito parecidas em seu trabalho tático e estratégico de jogo e muito equiparadas quanto ao nível técnico individual de seus jogadores. O Corinthians para mim leva mínima vantagem diante do Boca dentro desse aspecto técnico individual, por ter jogadores que hoje fazem a diferença no seu elenco, como o Danilo que é um jogador que ataca e sabe atacar, sabe armar e criar e ajuda muito na marcação, o time também conta com o jovem Cássio, um goleiraço muito equilibrado e seguro, para mim é mais goleiro que esses que atuam na seleção e que tem grandes chances de ser o número "1" na Copa de 2014 no Brasil, o Paulinho, um volante e meia atacante de um poder tático e técnico que é para poucos e outro diferente nesse time corinthiano é o Alex, que arma muito bem, cria, é importante dentro do sistema do Tite e mais, é um especialista em bolas paradas. Quanto ao time argentino, além do cracasso que é o Riquelme e que já conhecemos e também desde já dispenso comentários, o Boca é muito compacto taticamente, com jogadores extremamente disciplinados em sua tática, mesmo contando com nomes como, Ledesma, Mouche, Viatri, Santiago Silva, entre outros e todos que lá entrarão em campo sob comando do também experientíssimo técnico, Falcioni.
Mas hoje, entendo que esta decisão, teremos acima de tudo um grande duelo, com grandes ingredientes para enaltecer cada vez mais o "Dérbi Latino", isso tanto dentro da cancha, quanto fora dela, duas grandes equipes buscando a taça de campeão, enfim...Corinthians em busca do seu primeiro título das Américas e o acostumado Boca Juniors em sua décima vez em decisões de Libertadores, buscando sua sétima conquista para entrar no rol dos maiores da Libertadores junto do teu e também rival Independiente, que já tem este mérito conquistado. Afinal, quem será o campeão?!...Só saberemos depois de fato dos 180 minutos, porque isso não será simplesmente uma decisão ou uma simples decisão de campeonato de duas grandes forças da América do Sul, mas sim uma verdadeira "Guerra Épica". E que o nosso Corinthians traga essa taça para o Brasil, porque mesmo com todas as torcidas, sendo a favor ou contra o Timão, o Corinthians é Brasil acima de tudo nas Américas.

É isso aí!

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Por Jânio Bernardino da Silva.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

FUTEBOL COLETIVO E EFICAZ COM MATERIAL DE GRANDE QUALIDADE




"MONTAR TIME NÃO É UMA TAREFA TÃO FÁCIL ASSIM!"

Bem meus caros amigos do futebol!...Eu, em minha experiência futebolística, ao viver de bola e aprender a cada dia mais com este desporto maravilhoso e encantador, carrego comigo uma tese e creio muito nisso. No aspecto futebol coletivo, tático e com formação de elenco que quero falar sobre. Em cima dessa pauta, entendo que cada vez mais, você "técnico de futebol", para ter um elenco de futebol forte e decisivo, não basta contar com certas individualidades e nem ter um bom elenco apenas. É preciso que este seja forte e com qualidades individuais do "1" ao "18", e claro, um time que assimile o que lhe é apresentado taticamente, para que assim, chegue ao sucesso competitivo na prática.
Hoje em dia, enxergo um futebol altamente competitivo, sistemático e muito criativo no contexto coletivo, aliado a força física, enaltecendo ainda o empenho coletivo e o individual do atleta.
Para ser mais claro, insisto que para obtermos sucesso na prática com um time de futebol, é preciso conhecer e saber fazer uma montagem de um time antes de mais nada. Um papel de grande protagonismo do técnico.
Ao meu ver, para montar um grande time, acredito na minha capacidade de montagem, por exemplo e chamo a atenção para o seguinte detalhe. Para mim, é preciso que eliminemos esta teoria passada de que, para montar time forte, precisamos de um goleiro de dois metros e meio de altura, dois beques, um brucutú e outro Gamarra do seu lado, que saiba o que fazer com a bola lá atrás, dois alas, um que saiba marcar e outro que pela esquerda, mais "fumaça", que só sabe ir ao fundo, dois volantes, um marcador para ficar enjaulado na frente dos dois beques, o outro para encostar mais a frente dos meias, blá blá...blá blá...blá blá...Tolices...O futebol já está mudado e já tem um certo tempo.
Na Europa, por exemplo, as grandes forças nacionais e clubes já ditam a regra, com um futebol altamente competitivo, forte, envolvente e mais eficaz que o nosso daqui em muitos quesitos, principalmente em sua disciplina na aplicação tática e estratégica.
Então, vamos mudar nossa forma de raciocinar e montar times e procurar ter em nossos elencos, um goleiro que seja bom e que seja privilegiado de inúmeras qualidades, os nossos beques e volantes, que além de saberem destruir com qualidade, saibam jogar, nossos meias que cheguem cada vez mais com eficácia no gol adversário e acima de tudo marquem com inteligência e que aprimorem cada vez mais seu poderio de criação e aos nossos atacantes, como os outros, marquem também e abusem da artilharia.
Bem meus caros parceiros e profissionais da bola!...
Vamos voltar a ter times fortes outra vez, principalmente aqui no Brasil e voltar a nossa velha hegemonia que para mim ainda não acabou.

É isso aí!

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  • Por Jânio Bernardino da Silva.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

100% DE GESTÃO EFICAZ E NADA DE AMADORISMO NA BOLA! - Artigo da U.F.



"PARA TERMOS FUTEBOL SÉRIO NO BRASIL 
PRECISAMOS DE GESTÃO!..."

FUTEBOL PROFISSIONAL: Gestão Com Planejamento
O trabalho de integração e organização dentro dos departamentos de futebol
Por Alessandro Gonçalves da Silva

Planejamento estratégico e gerenciamento de projetos são assuntos que deveriam estar sempre presentes nos clubes de futebol. De forma bastante simplificada, é necessário que os gestores definam ao menos em que situação o clube deve estar e quais são os objetivos para o time em determinada data, com metas claras e mensuráveis. Será que todos os dirigentes realmente sabem são os objetivos para o seu clube para os próximos dois anos? Naturalmente alguns pensarão que o objetivo principal é o de ser campeão, ganhar, mas ganhar exatamente o que? Chegar a um faturamento anual de quanto? Ter condições de manter que nível de time para a próxima temporada? Ganhar todos querem mas títulos muitas vezes são apenas consequências de todo um trabalho.

Então se define o que será feito para que os objetivos estabelecidos sejam alcançados, quais serão as atividades necessárias e como serão medidas. Isso tudo faz parte de um plano, de um planejamento estabelecido e conhecido por todos. E este plano deve ser abrangente, a ponto de estabelecer o nível desejado para o time, seja em aspectos físicos, técnicos, comportamentais, financeiros e demais. Definidos os objetivos, as atividades devem ser constantemente monitoradas, controladas, documentadas, e então, baseados nos resultados obtidos, deve-se tomar ações corretivas e principalmente preventivas, de forma a minimizar as chances de ocorrência de riscos, que já deveriam ter sido identificados com antecedência.

Adicionalmente deve-se definir quais são os níveis desejados para cada atleta. Mesmo se olharmos para o mais óbvio, que é a condição física, nem sempre se sabe realmente como está cada atleta do elenco e muito menos em que situação cada um deveria estar. Isso porque ou não se avalia com eficácia, não há integração do setor de fisiologia com o de preparação física, ou mesmo porque não há um sistema estruturado de coleta e monitoramento dos resultados.





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  • Por Jânio Bernardino da Silva.

domingo, 3 de junho de 2012

TENAN ANALISA O NOSSO FUTEBOL BRASUCA ANTES E AGORA! - Artigo sobre o estudo do nosso futebol brasileiro feita por Alberto Tenan a Universidade do Futebol


SELEÇÃO BRASILEIRA: FUTEBOL DE HOJE x FUTEBOL DE ONTEM...
O Que Pode Ser Feito Imediatamente Para Mudar O Futebol De Amanhã?
Por Alberto Tenan*
O que é que dita as tendências do treinamento no futebol mundial? Em minha opinião, é o resultado das competições futebolísticas de maior impacto. Após os resultados dessas competições, procura-se ver o que foi feito pelos mais bem colocados para atingir o sucesso e os demais clubes e seleções tentam se adaptar às “últimas tendências” para ter mais chances de vencer a próxima edição; afinal, todos querem vencer!
Estamos em 2012 e atualmente a seleção campeã do mundo é a Espanha. O clube campeão da última edição da Champions League e da Copa do Mundo de Clubes é o espanhol Barcelona. Portanto, é a Espanha que dita as tendências do treinamento de futebol hoje.
Esses resultados não caíram do céu. Em 1971, os dirigentes do Barcelona fizeram uma escolha que tornou tudo isto possível – contrataram o então treinador do Ajax, o holandês Rinus Michels. E muita coisa estava para mudar.


 
Vou agora falar de seleção brasileira, pentacampeã do mundo! O Brasil dominava futebol até 1962. Então, a Copa de 1966 na Inglaterra foi, para a seleção brasileira, o divisor de águas, já que até hoje prioriza o físico (com as devidas evoluções tecnólogicas, biomecânicas, fisiológicas, etc.) em relação às outras componentes.
O Mundial foi vencido pela Inglaterra, tendo como vice-campeã a Alemanha e a terceira colocada foi a antiga União Soviética. Descobriu-se que essas três seleções preparavam fisicamente seus jogadores através de “circuitos” físicos.
O Brasil comprou a ideia… diversos profissionais brasileiros foram para a Europa acompanhar de perto a novidade. Resultado: a técnica brasileira somada com a preparação física europeia (na época) deu resultado e, na Copa de 1970, no México, o Brasil voltava a ditar as tendências do futebol mundial!
Até então, para o futebol da época, a nova fórmula brasileira era perfeita. Porém, o futebol vai mudando… Para mim, o início da ascensão espanhola e o início do “declínio” brasileiro (já explico o declínio entre aspas) aconteceram na década de 70, quando em 1971 os dirigentes do Barcelona “enxergaram” na filosofia do holandês Rinus Michels o “futebol do futuro” e o deixaram no comando da equipe catalã. Com isso, a semente do “Futebol Total” estava plantada no Barça e consequentemente na Espanha, o que, para mim, fez evoluir os jogadores espanhóis, que jogavam uma liga nacional que já contava (como até hoje conta) com grandes jogadores oriundos de outras partes do mundo.
O Brasil e o resto do mundo tiveram a chance de comprar a ideia em 1974 (para mim, este é o divisor de águas), quando, na Copa do Mundo vencida pela Alemanha, o mundo conheceu o “Carrossel Holandês” e os conceitos do “Futebol Total” implantados por Rinus Michels. Porém, como a Alemanha venceu e todos querem vencer, o futebol mundial ficou mais físico do que nunca!
Vamos agora ao “declínio” da seleção brasileira. Ele iniciou-se em 1974? E os Mundiais de 1994, 1998 e 2002? Eis a (minha) resposta.
Bem, após o triunfo brasileiro na Copa de 70, vieram as Copas de 1974 (meu divisor de águas), 1978, 1982, 1986, 1990, até que o Brasil foi campeão novamente em 1994, na Copa do Mundo nos Estados Unidos. O futebol estava diferente, menos técnico, mais físico (mais feio?), mesmo assim, nossa técnica ainda fazia a diferença no mundo. Vamos adiante, 1998 e... em 2002, ganhamos de novo: “estamos no caminho certo, voltamos a dominar o mundo”!
Nossa técnica (gradativamente menor), aliada ao nosso físico impecável, ainda era suficiente para vencer e todos querem vencer!


 
Avancemos no tempo: Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, ou devo dizer a Copa mais “feia” da história? Tenho meus motivos: o zagueiro italiano Cannavaro foi eleito o melhor jogador do Mundial e o lance que marcou o jogo final foi uma expulsão, não um gol, ou um lance bonito… concordam que o futebol foi ficando mais feio?
Enfim, o futebol continuou mudando e a Espanha de “pouca tradição” nos Mundiais foi ganhando seu espaço, fazendo boas campanhas no cenário europeu e mundial. Venceu a Euro 2008 e em 2010 ganhou sua primeira Copa, na África do Sul, jogando um bom futebol. O Brasil, com a sua técnica (menor que em 2006) e seu “vigor físico” (o melhor da história), que dominava o futebol mundial com certa vantagem, perdeu a sua hegemonia… mas ainda queremos vencer!


 
Eu me pergunto diariamente: se o Brasil em 1974 tivesse comprado a ideia da Holanda e aliado sua técnica ao “Futebol Total” em vez de ter ido pelo caminho físico (inglês, alemão, russo…), as Copas de 1978, 1982, 1986 e 1990 teriam passado em branco? Não sabemos, mas acho que ainda dominaríamos o mundo.
O que nos manteve no topo do ranking da Fifa até 2006 não foi a opção de priorizar o físico em 1966, mas sim a forte cultura futebolística brasileira, os jogos de rua, o número de praticantes, a “fartura” de matéria-prima (já que os jogadores são um produto) que nenhum outro país do mundo tem.


 
Somos obrigados a concordar com o espanhol Pepe Guardiola quando diz sobre o Barcelona: "O que tentamos fazer é tocar a bola o mais rápido possível. Na verdade, é o que o Brasil sempre fez, segundo me contavam meus pais e meus avós". É verdade, o Brasil foi “perdendo” seu bom futebol ao longo dos anos e perdeu posições no ranking da Fifa.
A Espanha começou de baixo (não se classificou para o Mundial de 1974), se estruturou e está mais forte do que nunca. O Brasil, que esteve no topo em 2002, (como 10 anos passam rápido!), está parado no tempo (para mim, desde 1974). A Copa de 2014 está se aproximando, o Barcelona e a Espanha estão no topo e continuam evoluindo.
E o Brasil de hoje? Tenho receio só de pensar na resposta, mas ainda temos chances de vencer! Temos dois caminhos: o primeiro e mais conveniente é torcer para os craques da vez “estarem inspirados” e trazerem a taça; caso isso não aconteça, podemos novamente culpar os “vilões” (normalmente o treinador e alguns jogadores) pelo fracasso. O segundo e mais trabalhoso é enxergar que ficamos para trás e temos que (como o resto do mundo) nos adaptar às “últimas” tendências futebolísticas.
Eu, em 2012, falar sobre o melhor caminho a ser seguido em 1974, foi muito fácil; o difícil vai ser mudar hoje, para dominar o futebol de amanhã, como fez muito bem a Espanha alguns anos atrás…

 
Bibliografia

MICHELS, R. Team building the road to success. Reedswain Publishing: 2001. www.fifa.com

*Alberto Tenan é mestrando em Treino Desportivo (ULHT – Lisboa). 

Para interagir com o autor: alberto@tenan.com.br

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