Não obstante, após a realização de duas outras reuniões, o Presidente do Sindicato, o Senhor Sebastião Lapolla apresentou a sua Carta de Demissão, passando o atual Vice-Presidente ausente a assumir interinamente e erroneamente a presidência de um órgão de classe. O cargo de direito seria do primeiro secretário Marcos Boccatto.
Conlusão, novas eleições devem ser marcadas no sindicato dos treinadores.
Veja a carta na íntegra de Marcos Boccatto;
Caros companheiros Treinadores
São Paulo, 27 de setembro 2011.
Assunto: SINDICATO DOS TREINADORES PROFISSIONAIS DE FUTEBOL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Caros Senhores Treinadores,
Na qualidade de Treinador Profissional de Futebol, de 1º Secretário eleito do Sindicato dos Treinadores Profissionais do Estado de São Paulo e sócio do mesmo desde 1983 sob nº 132 eu, Marcos Boccatto, apresento aos amigos profissionais minhas considerações a respeito de ação no MP para regularização de nosso Sindicato, como também para uma melhor compreensão de todos a respeito do nossos sinceros interesses junto a categoria dos treinadores profissionais de futebol.
Marcos Boccatto, Treinador de Futebol, Especialista em Gestão esportiva pela Fundação Getulio Vargas, atualmente ocupo o cargo de Primeiro Secretário do Sindicato dos Treinadores Profissionais de Futebol do Estado de São Paulo, onde inconformado com as atuais decisões da Diretoria de nosso Sindicato, totalmente contrárias as disposições estatutárias, apresentei as seguintes informações ao Ministério Publico do Trabalho, referentes ao Sindicato e a categoria profissional que tanto honro e respeito;
Analisando o estatuto do sindicato e as últimas atas das reuniões ordinárias da diretoria, em sua quase totalidade e contando com cópias autenticadas das atas destas reuniões, apurou-se e foi documentado que o Vice – Presidente Hélio Maffia, esteve ausente SEM JUSTIFICATIVAS, nas reuniões de 19 de fevereiro; 04 de março; 11 de março; 30 de março; 13 de abril; 20 de abril; 27 de abril; 04 de maio; 11 de maio; 02 de junho; 14 de outubro e 14 de dezembro, todas do ano de 2010.
Noticiou com especial destaque, que na ata da reunião realizada em 02 de junho do ano de 2010, o Vice – Presidente ausentou-se de exatamente há 09 (nove) reuniões, sendo que este também apresentou sua carta de demissão, que sem justa motivação e em primeira instância não foi aceita pela Diretoria nesta reunião e posteriormente a mesma desapareceu da secretaria do sindicato, sem qualquer explicação…
Patente que, as faltas e o pedido de demissão demonstram a todo o momento o a total falta de comprometimento com a nossa entidade sindical.
Não obstante, após a realização de duas outras reuniões, o Presidente do Sindicato, o Senhor Sebastião Lapolla também apresentou a sua Carta de Demissão, passando o atual Vice-Presidente ausente a assumir de forma interina e errônea a presidência de nosso órgão de classe.
Estas atitudes afrontaram diretamente o que fora estabelecido no estatuto do sindicato, devidamente registrado em Cartório competente, sendo este um dos motivos de minha insurgência.
Na data de 01 de fevereiro de 2011, o Senhor Sebastião Lapola, abriu os trabalhos apresentando a sua demissão, o que no cargo de presidente recebe a denominação de renuncia, todavia, o Vice – Presidente Hélio Maffia, aquele que ficou ausente em 11 reuniões, pediu que o Senhor Sebastião Lapolla, repensasse sua atitude, para continuar a frente da diretoria, ressaltando-se que também eu, Marcos Boccatto, ponderei ao Presidente “demissionário” que o mesmo só poderia efetivar tal RENÚNCIA, após a prestação de contas do seu último exercício, dadas as acusações e renúncia de seu 1º tesoureiro Sr. Antonio Israel, que alegou em reunião Ordinária haver Diretores usando de maneira que, fugia a seu controle, o dinheiro do sindicato.
Nesta data, o Presidente demovido por minhas argumentações, bem como as do Vice-Presidente, manteve-se no cargo de Presidente do Sindicato dos Treinadores Profissionais do Estado de São Paulo.
Decorridos 15(quinze) dias, instaurou-se nova REUNIÃO ORDINÁRIA da diretoria do sindicato em 16 de fevereiro do corrente ano, onde “teoricamente” foram apresentadas as contas do exercício referente ao ano anterior, ainda de forma superficial, sem tempo para análises mais detalhadas e não havendo a devida especificação conforme se faz necessária em qualquer associação representativa de categoria; um ato de forma superficial.
As contas apresentadas a Diretoria não tinham nesta data, as assinaturas dos Conselheiros Roberto Basílio e do Sr Oscar Amaro (ausentes nesta reunião) e foram mostradas aos diretores presentes, de forma RÁPIDA , alegando terem sido aprovadas pelo conselho e para maior desrespeito ainda, as mesmas não foram apresentadas em Assembléia Geral, descumprindo o art. 32-parágrafos 2º e 3º do estatuto sindical.
Logo após nesta mesma reunião, foi re-apresentada pelo senhor Sebastião Lapolla, Presidente do Sindicato sua carta de renuncia, que desta vez foi aceita, sendo que em ato continuo foi empossado o vice – presidente, Senhor Hélio Maffia, senhor que enquanto Vice-Presidente ausentou-se de 11(onze) reuniões de sua categoria.
Destaca-se para um melhor esclarecimento aos amigos, que foi colocado por mim a necessidade de nova eleição, baseado no que diz o estatuto de nosso sindicato, o que não foi acatado pelo quorum votante da reunião, muito embora dentre os membros presentes e votantes estivessem dois diretores não aprovados e/ou referendados pela ASSEMBLÉIA GERAL como determina o estatuto no seu Art.48, Parágrafo 2º, bem como também o Dr. João Guilherme Maffia
( advogado contratado e sem direito a voz e voto em reunião de diretoria ).
O Vice – Presidente, agora Presidente recém-empossado, informou que em 30 (trinta) dias chamaria uma nova Assembléia, o que não foi feito até a presente data, havendo o total desrespeito a classe,
DA TESOURARIA – QUESTÃO FINANCEIRA
Na reunião de 01 de fevereiro de 2011, na qual o Senhor Sebastião Lapola apresentou a sua renuncia, o Vice – Presidente Hélio Maffia, Aquele que ficou ausente em 11 reuniões, ao fazermos especial destaque na Ata de Reunião notamos que o 1º tesoureiro do Sindicato, Senhor Antonio Israel que conforme instrumento estatutário jungido, deveria“ter sob sua guarda e responsabilidade os valores do sindicato” e “dirigir e fiscalizar o trabalho da tesouraria”, apresentou a todos sua total insatisfação com a atual diretoria, ao falar que “certas pessoas” gastavam o dinheiro do sindicato, sem prévia consulta ao tesoureiro, denotando insatisfação e gastos indevidos por pessoas do sindicato, bem como o desrespeito ao seu cargo e sua função.
Vale bem notar que após a renuncia do 1º tesoureiro Sr. Israel, o Sindicato ficou sem nenhum diretor nesta função, já que o 2º tesoureiro, Sr. Nenê Barrionuevo trabalha há dois anos ininterruptos no exterior ( Confederação da Jordânia ), contrariando o art. 25 ( PERDA DE MANDATO) línea D e também o 1º suplente Sr. Wladimir Rodrigues não compareceu em nenhuma reunião no ano de 2011.
( todas faltas justificadas por emails endereçados e datados a secretária)
Diante de todas essas irregularidades e após diversas discussões e tentativas infrutíferas de fazer valer o estabelecido no estatuto, não tive outra saída para defesa da categoria e do citado Estatuto, que não apresentar os seguintes requerimentos ao Ministério Público do Trabalho:
1) Citação do requerido, para, querendo, Contestar a presente ação, sob pena de revelia e confissão;
2) Seja promovido o devido afastamento do atual Presidente, Senhor Hélio Máffia, ex – Vice Presidente, devendo o Sindicato instaurar procedimento disciplinar em face do mesmo, não podendo este promover atos inerentes a quaisquer cargos de diretoria, nem tão pouco candidatar-se a quaisquer cargos eletivos, antes de encerrado o efeito procedimento disciplinar em virtude de suas ausências injustificadas;
3) Sejam convocadas de eleições presidenciais, em razão da vacância do cargo de Presidente no prazo de 30 (trinta) dias, conforme prevê a norma estatutária;
4) A devida prestação de contas do atual responsável pelo Setor Financeiro, haja vista a renuncia do Primeiro Tesoureiro, que alegou a possibilidade de fraudes ( utilização desautorizada);
5) A concessão de inversão do ônus da prova, entendendo o presente caso como responsabilidade objetiva, haja vista a comprovação pelo autor da omissão do requerido;
6) O recebimento pelo membro do Ministério Público do presente requerimento, o seu devido processamento e a observância do disposto no artigo 127 e seguintes da Constituição Federal, como verdadeiro Guardião da Sociedade.
Ante este quadro de balburdia e desrespeito a Categoria dos Treinadores Profissionais de Futebol, o requerimento por mim apresentado foi prontamente aceito pelo Procurador do Trabalho – Dr. Eduardo Luis Amgartem.
Desta forma, venho cientificar a respeito do nosso requerimento, que fui motivado por meu compromisso não só com o Futebol, mas em especial com minha profissão e solicito a atenção de todos os esportistas com o destrato que vem sendo o maior órgão de representação de nossa categoria profissional.
Sendo o que se apresenta para o momento, coloco-me a disposição para quaisquer esclarecimentos que se apresentem necessários, lembrando que:
“Neste novo momento da história do Brasil, NÃO PRECISAMOS DO PAÍS INTEIRO NAS RUAS; com ações continuadas, mesmo que em dose homeopáticas o Brasil terá sucesso na construção de uma sociedade mais justa e para o fim das impunidades”
Atenciosamente,
Marcos Boccatto
TREINADOR DE FUTEBOL
- Fonte: ANJOBOL - Associação Nacional dos Jogadores e Treinadores de Futebol Profissional - http://www.anjobol.com.br